Armado com o seu icónico raio, Zeus saiu vitorioso de uma tumultuosa guerra contra o seu pai, Cronos, fundando a geração de deuses olímpicos que dominaria a religião na antiga Grécia. Em: http://www.gpa.pt, pode encontrar mais informações sobre a vida de Deus Zeus.
O Nascimento e Infância de Zeus
Zeus descende de uma poderosa linhagem de deuses. O seu pai era o titã Cronos, senhor do tempo e do universo, e a sua mãe, Reia, era a deusa da fertilidade e senhora do universo. Ao tomar conhecimento de uma profecia que afirmava que um dos seus filhos iria destroná-lo, Cronos engole toda a sua prole logo à nascença. Contudo, tratando-se de seres divinos, os deuses recém-nascidos não morrem ao serem engolidos pelo pai, crescendo aprisionados no interior do seu estômago. Para se tornar no incontestável rei de todos os Titãs, Cronos exilou ainda os seus irmãos, os Ciclopes e os Hecatonquiros, no Tártaro.
Quando Zeus nasceu, Reia tomou a decisão de salvar a criança, entregando ao marido uma pedra envolta em panos no lugar do seu filho e levando o recém-nascido para a ilha de Creta, onde passaria a sua infância, aos cuidados de Amalteia. Por forma a abafar o som do choro da criança, Amalteia levava os Curetes até à gruta onde Zeus se escondia, para que fizessem ruído com as suas espadas e escudos. Assim foi a infância do futuro rei dos deuses.
Como Zeus se Tornou no “Pai dos Deuses”
A ascensão de Zeus ao poder dá-se com a Titanomaquia – designação pela qual ficou conhecida a longa guerra entre os Titãs e os deuses olímpicos. Para tal, Zeus decide aliar-se à Oceânide Métis, que é também considerada a sua primeira esposa. Métis oferece a Cronos uma bebida que o leva a vomitar, libertando deste modo os irmãos de Zeus que se encontravam aprisionados na barriga do pai: Poseidon, Hades, Hera, Deméter e Héstia.
Após ter o apoio dos irmãos, Zeus desce ao submundo e resgata os seus tios, os Ciclopes e os Hecatonquiros e, como gesto de gratidão, os Ciclopes oferecem a Zeus aquele que seria o seu mais icónico atributo: o poder do raio. Ciente da rebelião do seu filho, Cronos reúne o seu exército no Monte Ótris, ao passo que Zeus e os seus aliados ocupam o Monte Olimpo, sucedendo-se uma guerra praticamente apocalíptica que terminaria com a derrota dos Titãs às mãos dos deuses olímpicos.
Assegurada a vitória, Zeus, Poseidon e Hades fazem um sorteio para determinar quem seria o senhor dos céus, dos mares e do submundo. Zeus sagra-se o vencedor e, como tal, torna-se no rei dos deuses, Poseidon fica com o domínio dos mares e Hades passa a reinar o mundo inferior.
Principais Inimigos de Zeus
Não há dúvida de que o primeiro e maior inimigo de Zeus foi o seu próprio pai, Cronos, a que depois se juntam todos os deuses que se mantiveram fiéis à fação dos Titãs. Ainda assim, para além dos inimigos relacionados com a Titanomaquia, Zeus e os deuses olímpicos tiveram de lidar com outros rivais.
Este foi o caso de Tifão, uma divindade monstruosa com cem cabeças, filho de dois deuses primordiais, Gaia e Tártaro. O conflito entre Tifão e os deuses olímpicos é narrado de diversas formas, embora a vitória seja sempre atribuída a Zeus e seus aliados. Algumas fontes referem que o monstro procurava subjugar todas as divindades olímpicas, acabando por morrer com o raio de Zeus. Noutras versões, ao serem confrontados com Tifão, os deuses fogem para o Egipto e transformam-se em animais, à exceção de Zeus. Com a ajuda de Hefesto, Zeus consegue derrotar o monstro.
A estes conflitos soma-se a guerra contra os Gigantes – ou Gigantomaquia – em que participaram todas as divindades olímpicas. Num desses confrontos, o gigante Porfírio preparava-se para violar a deusa Hera, quando foi atingido pelo raio de Zeus e morto por uma flecha de Héracles (Hércules). Segundo alguns autores, quando o sangue derramado dos gigantes é absorvido pela Terra, é originada uma forma de raça humana.