De acordo com a Executive Digest, a análise, citada pelo Jornal de Negócios, revela que os municípios que concentram os mais ricos são Lisboa, Oeiras, Cascais, Sintra, Porto, Vila Nova de Gaia, Matosinhos e Loulé.
O estudo em questão, o 'Painel de Desigualdades de Renda e IRS', analisa os níveis de desigualdades de renda declarados e incluídos no IRS, com base em microdados administrativos e anônimos das notas de liquidação do IRS de 2021, entregues em 2022.
Os 0,1% mais ricos correspondem às famílias com a maior renda bruta do país, enquanto os 99,9% restantes da população ganham menos, e a análise não inclui a riqueza mantida em ativos.
É na faixa dos mais ricos que, em 2021, foi declarada uma renda bruta média de 429,6 mil euros (algo como 30,6 mil euros por mês).
O valor é superior ao registrado no ano anterior (2020), quando os mais ricos tinham uma renda média de 399,9 mil euros (18,6 mil euros por mês).
As famílias mais ricas têm rendimentos acima de 228,4 mil euros por ano mas pagam uma taxa efetiva de IRS de perto de 42,36%, abaixo das taxas definidas.
O documento revela ainda que as famílias mais pobres declaram renda no Algarve, no Interior e na Madeira.
Existem cinco municípios (três dos quais no Algarve) que concentram uma maior porcentagem da população com menor renda. É o caso de Lagos, que tem 20,75% da população do município dentro do grupo de 10% das famílias mais pobres do país, bem como de Tavira, Valpaços
e Calheta.