De acordo com o documento, apenas o ano de 2022 foi mais quente do que 2023, com no ano passado a temperatura média anual do ar atingindo 16,59 °C (graus Celsius), 1,04 °C acima do valor normal em 1981 -2010.

A temperatura média máxima do ar foi a segunda mais alta desde 1931 e a temperatura mínima foi a nona mais alta.

As ondas de calor ocorreram na primavera (três), no verão (também três) e no outono (um).

Quanto à precipitação, o ano de 2023 teve o nono valor mais baixo desde 2000. A precipitação anual total, 735,8 milímetros, foi inferior ao valor normal (1981-2010) com uma

anomalia de menos 105,7 milímetros.

Em 2023, 30 novos extremos de precipitação foram registrados, 13 extremos mensais em outubro e 17 extremos diários (janeiro e outubro).

O ano também foi de extremos em termos de altas temperaturas, com nove extremos diários absolutos em agosto de temperatura máxima, mas também no mesmo mês de agosto um extremo absoluto de temperatura mínima.

O ano de 2023 em Portugal continental foi classificado, de acordo com o documento do IPMA, como extremamente quente em relação à temperatura do ar e seco em relação à precipitação.

O inverno no continente foi muito quente em termos de temperatura do ar e chuvoso em termos de precipitação. A primavera foi extremamente quente e seca, sendo a segunda primavera mais quente desde 1931 (apenas 1997 foi

mais quente).

O verão foi muito quente em termos de temperatura do ar e normal em termos de precipitação. Foi o sexto verão mais quente dos últimos 93 anos. E o outono foi muito quente e chuvoso, sendo o quarto mais quente dos últimos 93 anos e o novo

mais chuvoso.

Em relação à seca, 30 a 40% do território esteve em seca severa e extrema entre os meses de abril e agosto, abrangendo a região sul.