Em comunicado enviado hoje à agência Lusa, a Universidade de Évora (UÉ), que coordena o chamado H2talent, indicou que o projeto visa criar “um ecossistema de inovação centrado no hidrogênio verde no Alentejo”.
“Esta é a primeira oferta de hidrogênio verde em Portugal com financiamento e reconhecimento da União Europeia e da Rede Global de Vouchers de Hidrogênio Verde”.
Mas a iniciativa, sublinhou, mobilizou um consórcio formado por 28 parceiros, incluindo empresas, instituições de ensino superior, entidades de interface, autoridades locais e agências de desenvolvimento regional de Portugal e de outros cinco países.
“O H2talent, financiado pelo programa Horizon da Comissão Europeia, é um dos quatro vouchers de hidrogênio verde aprovados pela Comissão Europeia em 2023”, destacou a UÉ, observando que o projeto tem um orçamento global de 13,5 milhões de euros.
Deste montante, notou a Academia do Alentejo, nove milhões são garantidos pela Comissão Europeia, com o objetivo de “apoiar a implementação deste projeto pioneiro, que durará cinco anos”.
“Este projeto visa criar, implementar e testar soluções sustentáveis e inovadoras para a produção e uso de hidrogênio verde no Alentejo”.
De acordo com a Universidade de Évora, as metas do projeto para os próximos cinco anos incluem a instalação de 11 megawatts (MW) em eletrolisadores, a produção anual de mais de 500 toneladas de hidrogênio verde e a redução das emissões de dióxido de carbono em cerca de 6.000 toneladas por ano.
Além disso, sublinhou, a H2talent pretende “reter e desenvolver talentos” ligados ao hidrogénio verde no Alentejo para “impulsionar a economia da região e contribuir para a transição energética nacional e europeia”.
A UÉ destacou que a aprovação do H2talent pela Comissão Europeia “reconhece o mérito do consórcio liderado pelo Campus Sul, Galp e HYLAB” e também “a capacidade endógena do Alentejo como uma das melhores localizações na Europa para investimentos em hidrogênio verde”.