Angola e Portugal assinaram, em maio do ano passado, um protocolo para projeto-piloto "Exames Nacionais Angola 2022", nas disciplinas de língua portuguesa e matemática, abrangendo 2.100 alunos e 250 técnicos de educação formados por equipas portuguesas.
João Costa considera que a cooperação entre Portugal e Angola no domínio dos exames nacionais tem sido um sucesso com aprendizagens para ambas as partes, o que permitiu no ano-piloto (2022) e “num tempo muito curto”, garantir a qualidade do processo.
“Em Portugal, onde começámos com exames nacionais há 25 anos, demorámos algum tempo a ter estes padrões de qualidade”, disse.
“Vamos dar um salto de escala, passando de uma fase piloto para uma fase que já envolverá 40 mil alunos”, considerando que se trata de “um passo de gigante”.
“Portugal traz uma experiência já consolidada e podemos também ver o desenvolvimento de um projeto desta dimensão num país que tem uma realidade territorial e populacional muito maior do que a portuguesa”, acrescentou o ministro.
Na quarta-feira vai ser realizado um simpósio em que serão analisados os passos seguintes no programa de cooperação com Portugal, e onde vai participar também o governante português, no final da sua visita de três dias a Angola.
Um dos principais temas em análise será o Plano Nacional de Leitura, adiantou Luísa Grilo.
No campo dos exames nacionais, a ministra angolana sublinhou que são necessários equipamentos tecnológicos apropriados, designadamente computadores, para fazer uma rápida classificação das provas.
Os exames são direcionados às classes de transição no ensino geral angolano, nomeadamente a 6.ª (fim do ensino primário), a 9.ª (fim do primeiro ciclo) e 12.ª classe (fim do segundo ciclo).