“As duas últimas tempestades que atravessaram o nosso território trouxeram precipitações importantes e trouxeram também escoamentos” para a albufeira, disse José Pedro Salema, presidente da Empresa de Desenvolvimento E Infraestruturas do Alqueva (EDIA), citado pela agência Lusa.

Durante a última semana, graças à chuva que caiu, a subida da albufeira deveu-se à água proveniente do rio Guadiana, que “teve caudais muito relevantes a chegar” a Alqueva, com números “perto dos 1.200 metros cúbicos por segundo, o que é qualquer coisa como um piscina olímpica a cada dois segundos”, exemplificou.

E a água armazenada na albufeira aumentou também fruto daquela que veio através de “outras ribeiras” e das descargas feitas por barragens: “A barragem do Lucefécit descarregou, a barragem do Monte Novo, perto de Évora, descarregou também”, disse.

O Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva é garantia de água para a agricultura, com uma área de regadio com 130 mil hectares, para o abastecimento público e industrial e para a produção de energia hidroelétrica, além de potenciar o turismo na região do Alentejo.

O Governo anunciou um conjunto de medidas para enfrentar a seca, dirigidas quase todas ao Algarve, enquanto, no que respeita ao Alentejo, adjudicou a ligação da barragem do Monte da Rocha (Ourique) a Alqueva, obras que envolvem um investimento de 28,5 milhões de euros e que devem ficar prontas “até final de 2025”.