O Prémio Gulbenkian Património - Maria Tereza e Vasco Vilalva, no valor de 50 mil euros, foi atribuído ao projeto de inventário e restauro da Biblioteca da Brotéria, em Lisboa. Este ano, foram 20 as candidaturas ao prémio, que reconhece intervenções em bens móveis e imóveis culturalmente significativos que promovam a proteção e a recuperação do património.
De acordo com um comunicado da Fundação Calouste Gulbenkian sobre o prémio, para além da preservação, a intervenção envolveu a acessibilidade da biblioteca ao público, nomeadamente o Fundo de Livros Antigos da Brotéria, com 4000 livros. A Fundação atribuirá ainda menções honrosas a projectos em Lisboa, Coimbra e Funchal.
Ao longo do último século, o acervo bibliográfico da Brotéria foi sendo constituído e, neste momento, conta com mais de 160 mil volumes: 90 mil livros do Fundo Geral, cerca de 4.000 mil do Fundo do Livro Antigo, que inclui livros publicados até 1800, e cerca de 60 mil publicações periódicas. Como partilharam, a intervenção "envolveu não só a limpeza e estabilização de todos os volumes, mas também o restauro, por profissionais especializados, das espécies em estado de conservação mais crítico".
Além disso, o júri do prémio afirmou que este projeto "contribui para a consolidação local de um importante pólo de dinamização cultural que, por sua vez, se articula com a rede envolvente de instituições congéneres", que inclui o Conservatório Nacional, a Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa, o Museu do Chiado, o Palácio, a Igreja e o Museu de São Roque, os teatros de São Carlos, São Luiz e Trindade e o Museu do Chiado.