"De acordo com o inquérito que a Associação da Hotelaria de Portugal realizou junto dos seus associados, no caso dos Açores estimamos, para a semana do Natal, uma taxa de ocupação na ordem dos 40% e, para a semana do fim do ano, uma taxa ligeiramente superior, na ordem dos 60%", disse a delegada nos Açores da Associação da Hotelaria de Portugal(AHP), Andreia Pavão, em declarações à agência Lusa.
De acordo com a responsável, estima-se que os números para este período festivo estejam "mais ou menos em linha" com o que aconteceu em 2023.
Em relação aos principais mercados nesta altura do ano, são o mercado nacional, os Estados Unidos da América e o Canadá e "alguns mercados alemães, espanhóis e franceses", detalhou ainda.
Andreia Pavão explicou que o Natal e a passagem de ano são sempre períodos "mais fracos" para a hotelaria no arquipélago, embora haja sempre "um pico de ocupação" na passagem de ano.
"Mas, no inverno, em termos de sazonalidade, temos estado em linha com o ano passado e não estamos a registar crescimento", disse à Lusa o delegado da AHP nos Açores, explicando que "historicamente dezembro e janeiro" têm sido os meses em que há "menos procura" nos hotéis do arquipélago.
Por outro lado, Andreia Pavão considerou que "não houve compensação pela quebra de voos que se registou no final de 2023", com a redução de voos da companhia aérea low-cost Ryanair para os Açores.
Questionado sobre o investimento em programas de animação para esta época festiva, o delegado nos Açores da Associação da Hotelaria de Portugal defendeu que estes planos têm sido "muito direcionados" para o mercado interno e que têm "um efeito de simpatia" junto dos residentes.
No entanto, "não há uma postura pró-ativa" que permita a promoção do destino junto dos operadores "com a devida antecedência", salientou.
"Não temos sido promovidos como destino de mercados de Natal nem como destino de fim-de-ano. O destino Açores não é promovido nesse sentido. Não temos muita procura como um destino forte para esta altura do ano em relação aos nossos concorrentes", acrescentou.
Andreia Pavão referiu que a "hotelaria tradicional" continua a sobrepor-se no número de dormidas, embora "o alojamento local represente mais de 50% do número de camas disponíveis", tendo em conta estatísticas recentes do Serviço Regional de Estatística(SREA).