“O setor não vê a redução solicitada como uma medida muito dramática”, disse à agência Lusa o presidente da Associação de Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve (AHETA), Hélder Martins.

O Governo anunciou na quarta-feira que o Algarve terá cortes de água de 25% na agricultura e 15% no setor urbano, que inclui o turismo, para preservar as reservas de água.

O chefe da maior associação hoteleira da região afirma que, desde o ano passado, os empresários do setor vêm fazendo cortes em várias áreas, e “é possível alcançar a redução sem muita preocupação”.

“Vamos trabalhar para cumprir as metas traçadas”, disse Hélder Martins, acrescentando que algumas das medidas decididas foram propostas pela AHETA.

Hélder Martins disse que em 2023 foram tomadas medidas para conscientizar os turistas, como pedir que não joguem toalhas no chão e as reutilizem no dia seguinte, comportamento que economizará muita água usada na lavagem.

“Essas são medidas de teste que continuaremos incentivando”, disse o hoteleiro.

A necessidade de impor cortes de água no Algarve foi decidida pela Comissão Permanente de Prevenção, Monitorização e Monitorização dos Efeitos da Seca, que, segundo Duarte Cordeiro, propõe 46 medidas que devem ser incluídas numa Resolução do Conselho de Ministros.

“O que pode ser um problema é se tivermos mais turistas e maior consumo de água este ano. Isso pode ser complicado”, disse Hélder

Martins.

Hélder Martins afirmou que há altos investimentos estruturais que, para serem feitos, devem ter apoio, como mudar o tipo de áreas verdes ou reduzir os fluxos de água em piscinas ou torneiras.