À margem da recepção aos atletas olímpicos e paralímpicos, na residência oficial do primeiro-ministro, Luís Montenegro foi questionado sobre as ações da ministra da Justiça, Rita Alarcão Júdice, após a fuga de cinco reclusos no sábado.
“Acredito que a Ministra da Justiça foi particularmente eficiente e conclusiva em sua avaliação do Governo em relação a este processo, que é um processo lamentável, que não deveria ter acontecido e que precisa ser esclarecido até o último detalhe”, afirmou, elogiando o fato de ter “esperado pelas informações necessárias” antes de fazer uma declaração sobre o caso.
“Há aqueles que são mais rápidos e apressados em tirar conclusões. No entanto, um Governo que exerce a sua função pensando em todo o país deve falar quando tem os elementos mais relevantes para fazê-lo, e foi isso que aconteceu”, afirmou, admitindo que teria sido melhor se tivesse levado apenas dois dias em vez de três, mas acrescentando que se tivesse sido necessário esperar quatro dias, o importante era que o Governo tivesse “uma compreensão perfeita do que aconteceu”.
Quando perguntado se ainda acredita que Portugal é um país seguro, respondeu: “Não tenho dúvidas de que Portugal é um dos países mais seguros do mundo”.
“Isso significa que estamos fechando os olhos? Certamente que não. Devemos cuidar da segurança nas instalações públicas, e as prisões são instalações públicas”, argumentou.
Por outro lado, ele disse: “Também devemos cuidar da segurança nas ruas, com um policiamento mais próximo e uma dissuasão mais eficaz de comportamentos inadequados”.
“Estamos fazendo esse esforço sabendo que precisamos dizer às pessoas, por um lado, que há razões para elas permanecerem calmas e serenas e que, por outro lado, estamos prestando atenção aos fenômenos criminosos que mais amedrontaram as pessoas e ocorreram em várias partes do país”, assegurou.
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