“O trabalho na nova conexão está em andamento, é importante que todos os líderes políticos e políticos que estão falando sobre a questão ferroviária saibam o que realmente está em andamento”, afirmou Pedro Nuno Santos, em Madri, após uma reunião com o secretário-geral do Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE) e o primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez.


O líder do PS defendeu que novos projetos ferroviários avançaram em Portugal, com os governos socialistas de António Costa, “após décadas de abandono”, e dentro das ligações transfronteiriças, e apesar da linha de alta velocidade entre Lisboa e Vigo ser considerada uma prioridade.

Pedro Santos destacou que “um investimento muito importante está em andamento no lado espanhol” para conexões ferroviárias rápidas entre Madrid e Badajoz, e similarmente no lado português, com o objetivo de conectar Évora e a fronteira com Badajoz com uma velocidade média de 250 quilômetros por hora.

O líder do PS lembrou que as conexões com a Galiza são consideradas prioritárias, através do norte de Portugal, devido “à demanda projetada” ser dez vezes maior e porque a relação entre a Galiza e o norte de Portugal é “muito próxima” em um contexto econômico e social, que também é importante para Portugal.

“No entanto, não supera a conexão Lisboa-Madrid, que está atualmente em andamento”, frisou.

Entre os temas discutidos entre Pedro Sánchez e Pedro Nuno Santos estavam a luta contra a extrema-direita e a articulação de posições na União Europeia, bem como dossiês bilaterais, como gestão de rios e ligações ferroviárias.

Em relação à questão da gestão da água, uma vez que as regiões fronteiriças de Espanha e Portugal estão enfrentando a seca, o líder do PS afirmou que atualmente não há nenhuma ação para revisar a Convenção de Albufeira, que regula a gestão dos rios compartilhados por ambos os países, no entanto, ele pretende levar esta questão “para a vanguarda do debate europeu”.

Depois de Madrid, em 31 de janeiro, o secretário-geral do PS participará de uma série de reuniões em Bruxelas com funcionários do Parlamento Europeu e da Comissão Europeia.