Em declarações à Lusa, Aberto Mota explicou que uma “reserva estável deve ter cerca de 10 mil unidades de sangue no Instituto Português de Sangue e Transplantação (IPST), e no momento não é esse o caso, são cerca de 5-6 mil unidades de sangue”.
Algumas das consequências das baixas reservas de sangue que o responsável antecipa para os próximos meses, e que “já se verificam há meia dúzia de meses”, incluem o cancelamento de algumas intervenções cirúrgicas menos urgentes.
De acordo com Alberto Mota, a diminuição de doadores de sangue pode piorar no inverno “com o aparecimento das habituais gripes e infecções respiratórias”, que também causam uma diminuição na disponibilidade de doadores de sangue benevolentes.
Em um comunicado, a FEPODABES apela à necessidade de recrutar doadores, especialmente dos grupos sanguíneos A+, A-, O+, O- e AB - para restaurar os níveis adequados da reserva sanguínea para atender às necessidades dos Serviços de Medicina Transfusional.
No apelo, o presidente da federação afirma que “todos os cidadãos com mais de 18 anos, que pesem mais de 50 quilos e que estejam saudáveis” devem doar sangue.
Este simples gesto — lembrou a mesma pessoa responsável — contribui para “salvar muitas vidas”.
A federação afirma que a coleta de sangue é um procedimento rápido, que leva em torno de 30 minutos, e pode ajudar a salvar várias pessoas, já que uma única unidade de sangue pode ajudar até três vidas.
Todos os dias, os hospitais portugueses precisam de aproximadamente 1.100 unidades de sangue para atender às necessidades dos pacientes.
Informações sobre os locais oficiais de coleta de sangue estão disponíveis em www.fepodabes.pt e no portal www.dador.pt.