"O ano de 2024 tem sido um ano muito atípico no que diz respeito à manutenção das reservas de sangue em níveis satisfatórios", revela Alberto Mota, presidente da FEPODABES, em comunicado.
Em declarações à Lusa, Aberto Mota explicou que uma "reserva estável tem de ter cerca de 10 mil unidades de sangue no Instituto Português do Sangue e da Transplantação(IPST) e, neste momento, não é isso que se verifica, são cerca de 5 a 6 mil unidades de sangue".
Algumas das consequências das baixas reservas de sangue que o responsável antecipa para os próximos meses, e que "já se verificam há meia dúzia de meses", incluem o cancelamento de algumas intervenções cirúrgicas menos urgentes.
Segundo Alberto Mota, a diminuição de dadores de sangue pode agravar-se no inverno "com o aparecimento das habituais gripes e infecções respiratórias", que também provocam uma diminuição da disponibilidade de dadores benévolos de sangue.
Em comunicado, a FEPODABES apela à necessidade de recrutar dadores, sobretudo dos grupos sanguíneos A+, A-, O+, O- e AB - para repor os níveis adequados da reserva de sangue para satisfazer as necessidades dos Serviços de Medicina Transfusional.
No apelo, o presidente da federação afirma que "todos os cidadãos com mais de 18 anos, que pesem mais de 50 quilos e que sejam saudáveis" devem doar sangue.
Este simples gesto - lembrou o mesmo responsável - contribui para "salvar muitas vidas".
A federação refere que a recolha de sangue é um procedimento rápido, que demora cerca de 30 minutos, e pode ajudar a salvar várias pessoas, já que uma única unidade de sangue pode ajudar até três vidas.
Todos os dias, os hospitais portugueses precisam de cerca de 1.100 unidades de sangue para responder às necessidades dos doentes.
As informações sobre os locais oficiais de recolha de sangue estão disponíveis em www.fepodabes.pt e no portal www.dador.pt.