O Grupo Bankinter iniciou o exercício de 2023 a consolidar a sua atividade em todas as linhas de negócio, cada vez mais diversificadas, e nas diferentes geografias em que o banco opera. Isto traduz-se num crescimento substancial de todas as rubricas da conta e no correspondente crescimento do resultado, apesar do impacto económico do novo imposto sobre o setor bancário em Espanha e um contexto de mercado não isento de dificuldades.
Assim, o Grupo Bankinter alcançou a 31 de março de 2023 um resultado antes de impostos de 294,4 milhões de euros, mais 37,4% do que no primeiro trimestre de 2022, e um resultado líquido de 184,7 milhões de euros, que representa um crescimento de 19,7% face ao mesmo período do ano passado, apesar do pagamento do novo imposto cobrado neste primeiro trimestre ao setor financeiro em Espanha, que se fixou nos 77 milhões de euros.
Nessa mesma tendência, todas as rubricas da conta de resultados registaram melhorias importantes no período comparado, o que evidencia a rentabilidade e eficiência do negócio, a qualidade dos ativos do banco e uma solvabilidade reforçada.
Assim, a rentabilidade sobre os capitais próprios, ROE, dos últimos doze meses cresceu até aos 13,7% face aos 9,8% de há um ano, situando-se nos níveis mais elevados dos últimos anos e numa posição destacada dentro do setor, com um ROTE de 14,5%.
Por sua vez, o rácio de capital CET1 fully loaded alcançou os 12,2%, o que representa uma diferença de 4,5 pontos percentuais relativamente ao mínimo exigido ao Bankinter pelo BCE, que é de 7,73%, o valor mais baixo entre a banca cotada em Espanha.
Quanto ao rácio de morosidade, situou-se nos 2,18%, menos 2 pontos-base do que há um ano, com uma cobertura sobre essa morosidade que cresceu até aos 66,5%. Este rácio de mora situou-se nos 2,4% em Espanha, face à média de 3,56% do setor, de acordo com dados de janeiro do Banco de Espanha.
O rácio de eficiência melhorou de forma substancial até aos 35,7%, face aos 41,6% registados no mesmo período do ano passado. Relativamente aos dados de Espanha, este rácio situou-se nos 33,8%, também em posições destacadas no setor.
Relativamente à liquidez, importa assinalar que o volume de depósitos continua a estar acima do volume de créditos, com um rácio de 102,6%, e com uma LCR (Liquidity Coverage Ratio) média dos últimos doze meses que se situou em 198%.