A conclusão dos resultados está presente no relatório do Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças (ECDC) sobre o consumo de antibióticos, entre 2019 e 2022.
Em Portugal, a ingestão destes medicamentos, usados para tratar infeções causadas por bactérias, caiu no mesmo período 2,6%, estando acima da média da UE.
Segundo o ECDC, em 2022 o consumo de antibióticos no espaço europeu deu sinais de recuperação depois das "reduções sem precedentes" verificadas em 2020 e 2021.
"Isto pode indicar que os padrões dos vírus respiratórios de inverno, os contactos sociais, os hábitos de higiene e as práticas de prescrição de antibióticos podem agora ser semelhantes aos que eram antes da pandemia da covid-19", assinala a agência de saúde pública da UE.
De acordo com o ECDC, a incidência de infeções com a bactéria 'Klebsiella pneumoniae', resistente à classe de antibióticos dos carbapenemos, aumentou quase 50% entre 2019 e 2022, quando a meta estabelecida pela UE para 2030 é a redução de 5% destas infeções.
Para a diretora do ECDC, trata-se de dados preocupantes, pois "existem muito poucos tratamentos eficazes disponíveis para doentes com estas infeções".