"Estamos interessados em perseguir esta oportunidade, assumindo que está dentro das nossas ambições estratégicas e que somos capazes de cumprir o que o Governo português procura", afirmou o CEO do grupo aéreo franco-holandês, Benjamin Smith, em conferência de imprensa sobre os resultados do terceiro trimestre.

Questionado sobre o recente diálogo com o Governo português, no âmbito do processo de privatização da TAP, o responsável disse que foi uma primeira reunião "muito positiva", sublinhando que o processo oficial ainda não avançou.

A Air France-KLM tinha manifestado interesse na venda da companhia aérea portuguesa, admitindo também a possibilidade de uma participação minoritária.

A 10 de outubro, numa conferência de imprensa sobre a proposta de Orçamento do Estado para 2025, o ministro das Finanças disse que o Governo estava em conversações preliminares com os três grupos de companhias aéreas que tinham manifestado interesse na compra da TAP, mas não se comprometeu com uma data para a privatização.

"Estamos em conversações com as três companhias aéreas [Lufthansa, Air France-KLM e IAG] que manifestaram interesse em privatizar a empresa. Trata-se de um diálogo preliminar. Estamos a analisar as intenções de cada uma destas empresas", afirmou Joaquim Miranda Sarmento.

Miranda Sarmento reiterou que o Governo tem dois objectivos para a venda da companhia aérea de bandeira, que são manter o hub de Lisboa (plataforma de distribuição de voos) e desenvolver a TAP em termos de rotas, e o segundo é tentar recuperar a médio ou longo prazo parte do dinheiro que o Estado injectou na recuperação da companhia aérea.

No final de outubro, o ministro das Infra-estruturas confirmou que tem participado em reuniões com potenciais interessados na compra da TAP e que a intenção do Governo é fechar este processo "até ao final de 2025".

"A intenção é chegar a 100% de privatização, mas temos de ouvir o mercado. Temos de valorizar os activos da empresa e maximizar o produto da venda, com uma estratégia de devolver aos portugueses os 3,2 mil milhões de euros que foram injectados pelos contribuintes", afirmou Miguel Pinto Luz, à margem da inauguração de um complexo residencial em Vila do Conde.

Questionado sobre as participações na empresa que os grupos potencialmente interessados pretendem deter, Miguel Pinto Luz disse que há várias alternativas em cima da mesa.