De acordo com as estatísticas da atividade turística divulgadas pelo Instituto Nacional de Estatística(INE), o crescimento dos proveitos de janeiro a novembro refletiu um aumento de 4,1% nas dormidas neste período, com as dormidas de não residentes a crescerem 4,8%, enquanto as dos residentes registaram um crescimento inferior (+2,5%).
No período em análise, o rendimento médio por quarto disponível (RevPAR) atingiu 72,0 euros e o rendimento médio por quarto ocupado (ADR) foi 121,60 euros, o que corresponde a crescimentos anuais de 7,0% e 6,5%, respetivamente.
Considerando apenas o mês de novembro, os proveitos totais atingiram 385,9 milhões de euros e os de aposento 285,3 milhões de euros, refletindo um crescimento de 16,7% em ambos (+10,0% e +10,9% em outubro, pela mesma ordem).
Em novembro, a região da Grande Lisboa foi a que mais contribuiu para os proveitos globais (39,4% dos proveitos totais e 42,1% dos de aposento), seguida do Norte (16,8% e 16,9%). A região Norte (16,8% e 16,9%, respetivamente) e a Região Autónoma da Madeira (14,3% e 13,6%, pela mesma ordem).
Todas as regiões registaram crescimento dos proveitos, tendo os maiores aumentos ocorrido no Centro (+31,4% nos proveitos totais e +31,9% nos proveitos de pensões) e na Madeira (+26,3% e +28,8%, respetivamente).
O crescimento dos proveitos foi também transversal aos três segmentos de alojamento em novembro: na hotelaria, os proveitos totais e de aposento (pesos de 88,0% e 86,3% no total do alojamento turístico, respetivamente) aumentaram ambos 17,0%, enquanto nos estabelecimentos de alojamento local se registou um aumento de 17,0%. 0%, enquanto nos estabelecimentos de alojamento local se registaram aumentos de 12,3% nos proveitos totais e de 12,7% nos proveitos de aposento (pesos de 8,7% e 10,5%, respetivamente).
No turismo no espaço rural e residencial (representatividade de 3,3% e 3,2%, pela mesma ordem), os aumentos foram de 23,2% e 25,0%, respetivamente.
Dormidas
No mês em análise, o sector do alojamento turístico registou 2,2 milhões de hóspedes (+14,0%) e 5,0 milhões de dormidas (+9,8%).
O município de Lisboa representou 23,5% do total de dormidas, atingindo 1,2 milhões (+3,6%, após +1,7% em outubro), com as dormidas de residentes a aumentarem 8,9% e as de não residentes 2,7%. Este município foi responsável por 29,2% das dormidas de não residentes em novembro.
O Funchal foi o segundo município com maior número de dormidas (486,6 mil dormidas, um peso de 9,7%) e registou um crescimento de 3,6% (+1,1% em outubro). Segundo o INE, as dormidas de residentes registaram um "aumento significativo" (+44,2%), enquanto as de não residentes diminuíram 1,5%, tendo este município sido responsável por 12,2% do total de dormidas de não residentes em novembro.
No Porto, as dormidas totalizaram 446,9 mil (8,9% do total), tendo-se observado um crescimento de 16,3% (+4,5% em outubro), com o contributo das dormidas de residentes (+26,8%) e não residentes (+13,8%).
Por sua vez, Albufeira (256,8 mil dormidas, peso de 5,1%) apresentou um decréscimo de 5,4% (-2,2% em outubro), impulsionado pelos não residentes (-6,9%), dado que as dormidas de residentes aumentaram 4,6%.
Em todos os 10 municípios com maior número de dormidas em novembro, as dormidas de não residentes superaram as de residentes.