Proposta pelo grupo municipal do Partido da Terra - MPT, a moção solicita ao Governo que, a exemplo do que acontece na empresa de transportes públicos CP - Comboios de Portugal, "todas as pessoas com idade igual ou superior a 65 anos possam usufruir de um desconto de 50% no preço dos títulos de transporte para viagens ocasionais na Carris e no Metro".

Na reunião da Assembleia Municipal de Lisboa(AML), a moção foi viabilizada com os votos contra de PSD, IL, CDS-PP e Chega, a abstenção de PEV e Aliança, e os votos a favor de BE, Livre, PCP, da deputada independente Daniela Serralha (eleita pela coligação PS/Livre), PS, PAN e MPT.

O único deputado do MPT, José Inácio Faria, justificou a defesa desta medida "por uma questão de justiça e equidade", para que "ninguém fique para trás", salientando que o mesmo já acontece na CP.

Apesar de destacar a gratuitidade dos transportes públicos para os residentes e idosos que vivem na cidade de Lisboa, o eleito do MPT defendeu um desconto de 50% no custo das viagens ocasionais para quem tem 65 anos ou mais, extensível a quem não é residente em Lisboa ou não aderiu ao passe Navegante.

Contra a proposta do MPT, o deputado do IL Rodrigo Mello Gonçalves criticou a forma como é apresentada, uma vez que a empresa Metropolitano de Lisboa é da responsabilidade do Governo, mas a Carris é da responsabilidade da Câmara Municipal de Lisboa.

Rodrigo Mello Gonçalves disse ainda que a posição da IL é que "os apoios públicos devem ser direcionados para quem realmente precisa, para quem tem dificuldades, para quem não tem recursos, e não para um determinado segmento da população só porque tem mais ou menos 'x' anos".

"Estas propostas de gratuitidade do ensino em função da idade são erradas e até socialmente injustas [...]. Não existe transporte gratuito, o que existe é transporte subsidiado [...] Onde algumas pessoas não pagam, será coberto pelos impostos de todos", explicou o deputado do IL.