No entanto, isso não foi suficiente para compensar a inflação média de 4,3% registrada em 2023, de acordo com as contas do ECO com base em dados publicados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

De acordo com o ECO, mesmo com um aumento de 30 euros, o salário líquido médio, após descontos na Segurança Social e retenção na fonte do IRS, perdeu 13,47 euros devido ao impacto da subida dos preços. Para neutralizar esse efeito, o salário médio mensal precisava aumentar em 43,47 euros para 1.054,47 euros

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No ano passado, a ministra do Trabalho, Ana Mendes Godinho, afirmou várias vezes que os salários estavam subindo cerca de 8%, principalmente devido ao impulso dado pelo aumento do salário mínimo em 7,8%, de 705 euros para 760 euros. No entanto, o ministro estava usando o valor bruto, sem contribuições sociais e descontos do IRS. Em outras palavras, analisando o valor líquido, o INE mostra um aumento muito mais modesto no salário médio

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Tendo em conta a série estatística do INE, que remonta a 2011, o salário médio praticado em Portugal no ano passado, de 1.043 euros, representa um aumento de 232 euros ou 28% em relação ao salário médio no primeiro ano da Troika, que foi de 811 euros.