“O nosso principal objetivo é que os carros não entrem em Lisboa, ou seja, reduzir o número de carros em Lisboa. É uma cidade de 540 mil habitantes, mas todos os dias 360 mil carros entram na cidade e, para conseguir isso, desde o início dissemos que era necessário fazer com que as pessoas deixassem seus carros para que pudessem pegar o transporte público”, disse o prefeito de Lisboa

.

Carlos Moedas falava à Lusa depois de revelar a placa do Parque Navegante no estacionamento já localizado no Colégio Militar, que tem 415 vagas.

Também nesta quarta-feira, outros dois parques de estacionamento da Empresa de Mobilidade e Estacionamento de Lisboa (EMEL) ficarão disponíveis nesta modalidade, na Ameixoeira e na Avenida de Pádua (Olivais), e espera-se que em setembro a lista inclua mais três parques — dois em Telheiras e, posteriormente, o de Azinhaga da Cidade (Ameixoeira).

Carlos Moedas lembrou que a cidade de Lisboa é “uma das poucas na Europa” que tem transporte público gratuito “para jovens e idosos” e que o objetivo é “uma cidade mais sustentável, com menos carros”.

“Isso tem que ser feito gradualmente e não colocando um contra o outro”, disse o social democrata, lembrando os objetivos de ter Lisboa como uma cidade neutra em carbono até 2030 e o 'contrato' assinado com a Comissão Europeia no âmbito das 100 cidades missionárias neutras em carbono na Europa (neste caso, a meta tem um limite de 2050).

O processo de uso do passe de transporte público Navegante nos três primeiros parques EMEL disponíveis envolve a validação na cabine/recepção do respectivo parque e, a partir daí, o acesso é ativado. O estacionamento está disponível entre 7h30 e 21h.

O Parque da Ameixoeira tem 489 vagas e o Parque da Avenida de Pádua tem 248 vagas, enquanto o de Telheiras Poente tem 155 e o de Telheiras Nascente tem 106.

De acordo com fonte camarária, o Parque Azinhaga da Cidade (165 vagas) abrirá ainda este ano.