Em declarações hoje à agência Lusa, Manuel Leal, da STRUP, disse que se trata de uma greve nas primeiras duas horas e nas duas últimas horas de serviço de cada trabalhador.

De acordo com o líder sindical, os horários são completamente diversos, com os trabalhadores começando a trabalhar às 3h da manhã e depois tendo vários horários de início em horários diferentes ao longo do dia.

“Está tendo uma forte participação após as últimas greves dos trabalhadores da Carris. É uma greve parcial, então é difícil avançar com uma porcentagem de participação”, disse.

Manuel Leal destacou que os serviços estão sendo “fortemente” afetados pela greve parcial.

“Tendo em conta esta situação, como uma greve é diferente de uma greve total, há sempre carros circulando, mas em termos de tempos de espera e frequência de passagem de veículos, é aí que se notam grandes efeitos”, disse.

O sindicalista lembrou que em causa está a falta de resposta da administração às demandas por um aumento real dos salários, a atualização do subsídio alimentar, a evolução para 35 horas de serviço por semana, com a inclusão dos tempos de viagem dos trabalhadores, “e a retomada do processo de negociação, que foi unilateralmente interrompido pela empresa”.

“No entanto, recebemos 'feedback' da empresa, que agendou uma reunião para o dia 23 com os trabalhadores. Esperemos que o conselho de administração saiba ler esse nível de descontentamento dos trabalhadores e forneça respostas para desbloquear o conflito”, concluiu.