As eleições antecipadas, que decorrerão oito meses depois das últimas legislativas regionais, surgem na sequência da dissolução do parlamento pelo Presidente Marcelo Rebelo de Sousa em resposta à crise política desencadeada em janeiro. As candidaturas foram apresentadas até 15 de abril e, no dia 22 de abril, o presidente do Distrito da Madeira emitiu um despacho admitindo todas as listas.
A Alternativa Nacional Democrática (ADN) ficou em primeiro lugar nos boletins de voto do círculo eleitoral regional, seguida do Bloco de Esquerda (BE), do Partido Socialista (PS), do Livre (L), da Iniciativa Liberal (IL), do Reagir, Incluir , Reciclar (RIR), CDU – Coligação Democrática Unitária, Chega (CH), Partido Popular CDS (CDS-PP), Partido Terra (MPT), Partido Social-Democrata (PPD/PSD), Pessoas-Animais-Natureza (PAN), Partido Trabalhista Português (PTP) e Juntos Pelo Povo (JPP).
Depois de se separar do CDS, que está no executivo há dois mandatos, o PSD, que governa a Madeira há quase 50 anos, vai agora defrontar-se em listas distintas. A única coligação que continua a regressar é a CDU. Miguel Pita (ADN), Roberto Almada (BE), Nuno Morna (IL), Edgar Silva (CDU), Miguel Castro (CH), Válter Rodrigues (MPT), Miguel Albuquerque, Presidente Demissão do Executivo da Madeira (PSD), Mónica Freitas (PAN) e Élvio Sousa (JPP) são os cabeças de lista que a maioria dos candidatos parece repetir.
O PSD está “a cair podre, amarrado, preso a uma teia de interesses”, segundo o PS, que historicamente manteve a sua posição como o maior partido da oposição na Madeira e se considera “a única alternativa” para a liderança do Governo Regional. A ADN procura ajudar a evitar que o PSD obtenha a maioria absoluta e espera melhorar o desempenho eleitoral que obteve sete meses antes, quando ficou “abaixo das expectativas” e não obteve representação no parlamento.
A combinação PSD/CDS-PP garantiu 23 dos 47 mandatos concedidos no ano passado; o PS elegeu 11, o JPP cinco e o Chega quatro; a CDU, IL, PAN e BE elegeram um deputado cada.