Em comunicado, o Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Administração Local(STAL) refere que as paralisações previstas para o sector dos resíduos incluem também a FCC Ambiente Portugal, no dia 26, e a Empresa Municipal de Águas e Resíduos de Portimão(EMARP), nos dias 2 e 3 de janeiro.
"Estas greves resultam de um profundo descontentamento e da continuada falta de resposta concreta às reivindicações dos trabalhadores, sendo que a atual situação exige medidas imediatas de aumento dos salários em todo o sector, de dignificação dos profissionais e de respeito pelas suas funções, bem como a urgência em travar a exploração, a precariedade e a degradação das condições de trabalho", destaca o STAL.
Na nota, o sindicato destaca que os trabalhadores do sector da recolha de resíduos e limpeza urbana estão "na linha da frente na prestação de serviços fundamentais às populações, garantindo a saúde pública e um ambiente de qualidade no espaço público".
E, acrescenta o STAL, apesar dos baixos salários e de estarem sujeitos "a um grande esforço e à exposição diária a elevados riscos, os trabalhadores assumem esta elevada missão de serviço público sem beneficiarem de qualquer compensação", razão pela qual exigem "o respeito e a dignificação das funções que desempenham e a melhoria urgente das condições em que trabalham, que ameaçam a saúde, a segurança e a própria vida".
Relativamente às reivindicações apresentadas às administrações da FCC Ambiente Portugal, EMARP e Resinorte, o sindicato aponta "o aumento geral e significativo do salário e de todas as prestações pecuniárias para todos os trabalhadores", aumento do subsídio de refeição, atribuição de subsídio de risco, entre outras matérias.
"Está nas mãos das administrações encetar uma negociação séria com o STAL e os trabalhadores, que estão conscientes do impacto negativo desta greve junto das populações, mas que é, única e exclusivamente, da responsabilidade das administrações das empresas", sublinha o STAL.
Relativamente à greve no concelho de Oeiras, no distrito de Lisboa, o sindicato adianta que a mesma decorrerá entre as 00h00 e as 06h00 dos dias 26 e 27, exigindo que seja pago aos trabalhadores o trabalho noturno e os adicionais de perigosidade e de insalubridade no subsídio de férias dos trabalhadores que a ele têm direito durante o ano e o cumprimento do caderno reivindicativo entregue pelo STAL em abril, entre outras matérias.
Na Câmara Municipal de Lisboa, a greve está marcada para os dias 26 e 27, sendo que entre os dias 25 e 31 a greve abrangerá o trabalho extraordinário.
A contratação urgente de mais funcionários de limpeza urbana e motoristas e a aquisição de mais viaturas operacionais são também reivindicações dos trabalhadores do município de Lisboa.