“Temos o compromisso político que expressamos, de trabalhar com a entidade regional de turismo [do Algarve] no quadro da sua representação para trabalhar com outros setores e encontrar respostas para esta questão, que é absolutamente real”, disse o presidente da Associação Portuguesa da Indústria Hoteleira (AHP), Bernardo Trindade.
Questionado pela Lusa se eles já estão envolvidos no trabalho, ele confirmou que estão sendo ouvidos. “Vamos participar desse debate. Estamos totalmente disponíveis”, frisou.
Bernardo Trindade explicou que já existem membros da AHP “tomando medidas de mitigação”, como colocar redutores nas torneiras ou uma gestão mais disciplinada da rega nos jardins do hotel.
“Esses são bons exemplos de como estamos agindo. Entendemos que ainda não é suficiente. Trabalharemos juntos para identificar medidas que possam, de alguma forma, ser respostas. Como é evidente, temos outros parceiros no Algarve. Já temos as pessoas que moram lá. Temos agricultura, temos golfe. Todos temos que estar disponíveis para esse desafio, que é um desafio global”, destacou.
O responsável abordou a questão na abertura do congresso anual que a AHP promove para afirmar a sua vontade de trabalhar com diferentes entidades, chamando a atenção para o fato de que “as decisões unilaterais, seja para aumentar os preços ou para um forte racionamento”, são “apenas colar emplastros sobre um tema de vital importância para toda a população que vive e visita o Algarve”.
Uma resolução publicada em 20 de fevereiro em Diário da República afirma que o Governo admite “medidas adicionais, mais sérias” para garantir as reservas mínimas que permitem o fornecimento de água para usos prioritários no Algarve.
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