Dívidas desconhecidas, fraudes e cobranças indevidas de taxas são os principais motivos das reclamações dos consumidores. CGD, cartão Universo e MB WAY estão entre os mais visados. No entanto, é o Banco de Portugal que regista o maior aumento no número de reclamações, acima de 80% em relação ao ano anterior, com alegações de fraude motivando 47,4%

das reclamações.

Os consumidores portugueses registraram 1.805 reclamações ao banco no Portal da Queixa durante o primeiro trimestre do ano, um aumento de quase 20%, em comparação com o mesmo período de 2023, onde foram observadas 1.519 reclamações.

Entre os principais motivos das reclamações, destaca-se a dívida desconhecida, responsável por 32,6% dos incidentes. Os consumidores se referem a valores que foram debitados incorretamente, sem o conhecimento do usuário. O segundo motivo mais relatado é a fraude (13,4%), em que os consumidores relatam ter sido vítimas de fraude no cartão de crédito ou na conta

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A origem de 10,9% das reclamações é a cobrança indevida de taxas ou tarifas. Já causam 5% das reclamações problemas com o reembolso, ou seja, a devolução de valores debitados

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Com um peso de 4,5% no volume total do primeiro trimestre, há o motivo: cancelar um cartão ou serviço, em que os consumidores apontam a dificuldade em cancelar um cartão ou serviços vinculados à conta, como seguros e empréstimos.

De acordo com os dados analisados, constatou-se que na categoria Bancos, a Caixa Geral de Depósitos foi a entidade bancária que registou mais reclamações no primeiro trimestre: 27,8%. Seguem-se o Banco de Portugal e o ActivoBank, com 10,9% e 10,6%

, respectivamente.

Na categoria Cartões de Crédito, o pódio pertence ao cartão Universo, absorvendo 78,3% da participação. O cartão WiZink foi alvo de 21,5% das reclamações e o cartão El Corte Inglés

arrecadou 0,2%.

Quanto à categoria Fintechs, Soluções de Pagamento Eletrônico + Bancos Digitais e Aplicativos Financeiros, a análise revela que as 3 principais são as entidades mais reclamadas: MB WAY (30,8%), Hipay (22,3%) e Moey (11,5%).

De acordo com a análise do Portal da Queixa, a entidade que registou o maior aumento no número de reclamações foi o Banco de Portugal, que registou um aumento no número de reclamações de cerca de 80%. Também foi constatado que as alegações de fraude foram o motivo mais citado neste ano, gerando 47,4% das reclamações relacionadas ao regulador

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