Em declarações à agência Lusa, à margem da ITB China, onde participou com uma delegação de 20 empresas portuguesas, Carlos Abade acrescentou que a meta é atingir um milhão de dormidas de turistas chineses durante 2026.

“Em linha com as previsões de crescimento do mercado chinês no mundo, achamos que isso é possível”, disse ele.

Portugal recebeu 57.740 turistas da República Popular da China — excluindo Hong Kong, Macau e Taiwan — no primeiro trimestre de 2024. Isso corresponde a um aumento de 135% em relação ao ano anterior, mas representa apenas 70% dos níveis de 2019, que no ano passado antes da pandemia de covid-19.

“Talvez seja possível chegar ao final do ano com números semelhantes aos de 2019, que seriam 385.000 hóspedes, 600.000 pernoites e 224 milhões de euros em receita”, afirmou Carlos Abade.

A China, maior fonte de turistas do mundo, manteve suas fronteiras fechadas por quase três anos, como parte da política de “zero casos” da covid-19, que foi desmantelada no final de 2022, após protestos em várias cidades do país.

O presidente do Turismo de Portugal destacou os resultados “magníficos” para o Porto. Embora o número de turistas chineses em todo o país permaneça abaixo do nível de 2019, no caso da segunda maior cidade do país, houve um aumento de 107%, ano a ano, no primeiro trimestre de

2024.

O responsável destacou ainda a importância de operar nas redes sociais chinesas, após o lançamento pelo Turismo de Portugal de um mini-programa no WeChat, com o objetivo de promover a gastronomia portuguesa, atrações turísticas ou festividades.