“A oferta de leitos em empreendimentos turísticos convencionais no município é muito escassa. O peso da AL na oferta de camas corresponde a 77,05% da disponibilidade das camas existentes, o que revela a importância do setor na oferta turística disponível”, afirma o estudo realizado pela autoridade liderada pela socialista Inês

de Medeiros.

O estudo urbano e turístico do Alojamento Local em Almada foi preparado no ano passado para servir como documento orientador para a posterior elaboração de um Regulamento Municipal de Alojamento Local (AL) de Almada, município do distrito de Setúbal.

De acordo com o documento, o objetivo era analisar a evolução e distribuição geográfica, suas tipologias, quem é dono desses estabelecimentos e seus efeitos reais na população, na cultura local e na dinâmica do mercado imobiliário.

Uma das conclusões do estudo é que em Almada o componente AL não parece ser um fator determinante para o aumento dos custos de habitação quando comparado ao desequilíbrio estrutural entre oferta e demanda, sem que nenhuma evidência seja identificada de que a pressão exercida por essa atividade esteja gerando diretamente fenômenos de expulsão da população local.

“O AL em Almada não mostra consequências decisivas em termos de custos imobiliários, seja em termos do mercado de vendas ou arrendamento. No que diz respeito ao número de habitações no mercado de arrendamento, verifica-se que pode haver alguma consequência, ainda que residual, na freguesia da Costa da Caparica

”, lê-se no documento.

De acordo com as conclusões do estudo, a AL foi implementada em maiores quantidades em segundas residências e/ou em edifícios reabilitados que antes estavam vagos.