De acordo com o trabalho publicado na revista Global Ecology and Conservation, as áreas marinhas protegidas cobrem apenas cerca de 20% do habitat estimado em Portugal continental e menos de 12% na frente atlântica da Espanha, com menos de 0,5% de áreas de proteção total.
A grande maioria das áreas marinhas “não inclui medidas específicas para proteger” esses peixes em seus planos de manejo. “É quando há planos de gestão”, alertaram os autores do estudo.
“É absolutamente fundamental criar medidas de proteção para essas espécies e dotar as Áreas Marinhas Protegidas de recursos humanos, financeiros e técnicos para que as atividades e a biodiversidade possam ser geridas de forma sustentável”, disse o coordenador do estudo, Gonçalo Silva, citado no comunicado.
Os cavalos-marinhos normalmente vivem em áreas costeiras onde há o maior impacto das atividades humanas e, portanto, são “muito suscetíveis à poluição, captura acessória e perda de habitat”.
As espécies foram incluídas na lista vermelha da União Internacional para Conservação da Natureza (IUCN), bem como na Convenção sobre Comércio Internacional de Espécies Ameaçadas de Fauna e Flora Selvagens (CITES) e na Convenção de Berna, destacaram os pesquisadores.
Em Portugal, acrescentaram, “muito pouco se sabe” sobre a distribuição dos cavalos-marinhos, sendo as populações da Ria Formosa as mais estudadas. “Na última década, a abundância sofreu uma redução de cerca de 90%”, principalmente devido às pressões causadas pelo homem
.No resto do país, alertaram, “não há estudos que nos permitam inferir tendências populacionais”. O presente estudo confirma que os estuários do Tejo e do Sado, juntamente com a Ria Formosa, são os lugares mais importantes para os cavalos-marinhos
em Portugal.Artigos relacionados: Proteção
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