Esse aumento implica não apenas um aumento nos custos das empresas com salários, mas também nas contribuições que os empregadores devem pagar à Previdência Social.

De acordo com os cálculos do ECO, as empresas terão de gastar mais 866 euros por ano por trabalhador com o novo salário mínimo.

“Estamos interessados em que as pessoas sintam que vale a pena trabalhar mais e melhor. Para isso, temos o compromisso de aumentar o salário mínimo nacional [mais] do que estava previsto no acordo anterior. E a diferença não é insignificante”, apontou o primeiro-ministro, na assinatura do novo acordo tripartido sobre valorização salarial e

crescimento econômico.

No acordo alcançado pelo anterior Governo na Concertação Social, estava previsto que o salário mínimo garantido chegasse aos 855 euros em 2025. No entanto, o Executivo de Luís Montenegro entendeu que havia condições para ir mais longe e estabelecer, no âmbito do novo acordo, um aumento para 870 euros, ou seja, 15 euros a mais do que o

aumento projetado.

Considerando apenas os custos salariais, as empresas terão, portanto, de gastar 50 euros a mais por mês do que gastam hoje por cada trabalhador que recebe o salário mínimo. São 700 euros a mais por trabalhador nesse nível salarial no final de um ano (considerando 14 meses).

No entanto, o aumento do salário mínimo nacional não implica apenas um aumento desses custos. Também aumenta o valor que os empregadores devem pagar à Segurança Social, na forma do Imposto Social Único (TSU), que corresponde a 23,75% dos

salários.

Durante 2024, além do salário de 820 euros, os empregadores gastaram 194,75 euros por mês para cada funcionário que ganha o salário mínimo, em contribuições para a Segurança Social. No próximo ano, eles pagarão 206,6 euros por mês à Previdência Social, uma diferença de 11,9

euros.

Após um ano (14 meses), o custo das empresas com contribuições sociais terá aumentado em 166,25 euros em comparação com o valor registrado ao longo deste ano.

Considerando tudo, em 2025, os trabalhadores receberão um salário mínimo de 870 euros em vez de 820 euros, mas para a empresa, o custo aumentará dos atuais 1.014,75 euros (salário e TSU) para 1.076,6 euros (salário e TSU), o equivalente a um aumento de 61,9 euros nas despesas da empresa por mês.

Depois de um ano, os empregadores gastarão mais 866,25 euros por mês para cada trabalhador com o salário mínimo.

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