De acordo com um documento da CP a que a Lusa teve acesso, com o novo passe mensal de 20 euros será possível “viajar em qualquer rota nos comboios Regionais e Urbanos de Coimbra, e em segunda classe nos comboios Inter-regionais e Intermunicipais”.

“Nos comboios urbanos de Lisboa pode viajar na rota fora da área metropolitana (rota Carregado — Azambuja), enquanto nos comboios do Porto, os critérios são os mesmos, com as rotas fora da área metropolitana a serem “Vila das Aves — Guimarães, Paredes — Marco de Canaveses, Paramos — Aveiro e Lousado — Braga”, lê-se no documento.

O passe custará 20 euros por 30 dias, “e também pode ser adquirido por 60 e 90 dias, pelo preço de 40 euros e 60 euros, respectivamente”, e pode ser recarregado “em qualquer dia do mês”.

“O Green Rail Pass substitui o PFN [National Rail Pass], estendendo seu uso a outros serviços”, e não pode ser combinado com outros descontos, afirma o mesmo documento.

Qualquer pessoa que já tenha um cartão CP pode usá-lo para recarregar seu Green Rail Pass, desde que seja válido.

O Green Rail Pass não pode ser trocado nem reembolsado e, “em caso de cancelamento do comboio ou de pedidos de reembolso e compensação por atraso, por motivos imputáveis à CP, devem ser consultadas as condições em vigor para os passes e assinaturas da CP”.

O primeiro-ministro Luís Montenegro anunciou em agosto, na Festa do Pontal, em Quarteira, um passe ferroviário mensal de 20 euros que dará acesso a todos os comboios urbanos, regionais, inter-regionais e interurbanos.

O passe está incluído no “plano de mobilidade” que será aprovado, com o objetivo de facilitar o uso de meios de transporte sustentáveis que não causem problemas ambientais, disse o primeiro-ministro.

Na sexta-feira, o Conselho de Ministros vai reunir-se sobre o tema da mobilidade, no Entroncamento, para onde os membros do Governo viajarão de comboio, com partida da Estação de Santa Apolónia, em Lisboa.

A Comissão de Trabalhadores (CT) da CP considerou que o passe ferroviário mensal de 20 euros será um desastre financeiro para a empresa de transporte e mostrou falta de capacidade para responder ao aumento da procura.