De acordo com dados da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) e reportados pelo ECO, a exposição de 265 fundos de investimento imobiliário a imóveis residenciais em Portugal ultrapassou 2,5 mil milhões de euros em dezembro, 59% a mais do que a registada em novembro e 63% acima do investimento registado em dezembro de 2022.

Este é o valor mais alto desde 2016, quando a CMVM começou a fornecer a fragmentação das carteiras de fundos por finalidade imobiliária.

Os dados da CMVM mostram que o investimento em ativos residenciais na União Europeia (maioritariamente localizados em Portugal) foi o maior investimento feito pelos fundos imobiliários no ano passado.

O forte foco em ativos residenciais foi totalmente garantido por fundos fechados que, em dezembro, registraram um aumento de 60,5% na exposição a propriedades residenciais em suas carteiras. Em contraste, os fundos especiais de investimento imobiliário e os fundos de investimento imobiliário aberto registaram uma diminuição de 31,2% nos imóveis residenciais, de acordo com

dados da CMVM.

A criação de 33 novas empresas de investimento coletivo imobiliário contribuiu para o crescimento, como a Herdade do Pinheirinho II e a Herdade do Pinheirinho Resort, administradas pelo GEF, o que elevou esta empresa gestora do quinto para o terceiro lugar entre as maiores do país, ficando logo atrás da Square Asset Managers e da Lynx Asset Managers.

O foco crescente dos fundos imobiliários em habitação no final do ano passado fez com que os ativos residenciais tivessem um peso de 17,4% nas carteiras desses fundos, o que se compara a um percentual de 13,3% em 2022 ou 14% nos cinco anos anteriores a 2023.