De acordo com o Jornal de Negócios, o grupo de aviação Lufthansa anunciou que vai introduzir uma sobretaxa de até 72 euros por voo em 2025, para pagar os custos crescentes dos combustíveis alternativos utilizados para reduzir as emissões de dióxido de carbono.

As taxas adicionais aplicam-se a todos os voos com partida da União Europeia, Reino Unido, Noruega e Suíça, a partir de 1 de janeiro de 2025 do próximo ano, informou a companhia em comunicado, citado pela agência Bloomberg.

Esta sobretaxa vai variar entre um e 72 euros, dependendo da rota e da tarifa aplicada.

As novas taxas surgem numa altura em que os regulamentos da União Europeia (UE) exigem que as companhias aéreas utilizem pelo menos 2% de combustíveis sustentáveis para aviões a partir de 2025.

A Lufthansa diz que "não pode" suportar sozinha os custos adicionais.

Em 2022, a Air France-KLM começou a cobrar uma sobretaxa de até 24 euros nos voos com partida de França e dos Países Baixos.

A indústria da aviação tem como objetivo atingir emissões líquidas nulas de carbono até 2050.

A aviação é um dos sectores com maiores dificuldades de descarbonização e os custos associados a esta transição estão estimados em milhares de milhões de euros, que serão provavelmente transferidos para os clientes.

Enquanto a Europa introduziu normas para aumentar gradualmente este tipo de combustível ao longo das próximas décadas, os Estados Unidos têm-se apoiado até agora em incentivos ao fabrico de combustíveis de aviação mais sustentáveis (SAF), feitos a partir de resíduos e desperdícios da economia circular, nomeadamente gordura animal e óleo alimentar usado.

Os SAF podem ser utilizados indistintamente com o combustível de aviação convencional nos motores a jato das aeronaves.