Entre janeiro e junho, foram vendidas 939 casas de luxo, menos 5 do que nos mesmos meses de 2023, o que corresponde a uma variação homóloga negativa de 0,5%. A tendência é a mesma considerando apenas o segundo trimestre, quando foram vendidos 463 imóveis, um ligeiro decréscimo face aos 476 vendidos no mesmo período do ano anterior.
O Dubai é a cidade com mais vendas, 85 casas, mas também registou uma ligeira queda em relação ao mesmo período do ano passado, 97 casas. Segue-se Nova Iorque com 72 vendas no último trimestre e Hong Kong com 61.
O valor total das vendas nos últimos 12 meses foi de 33,4 milhões de dólares (30,03 milhões de euros), menos 450 mil dólares (404,37 mil euros) do que no ano passado.
Esta tendência de queda deverá alterar-se com a mudança da política monetária dos bancos centrais, que já começaram a reduzir as taxas de juro. O BCE anunciou o seu segundo corte na semana passada e a Reserva Federal norte-americana deverá anunciar o primeiro esta quarta-feira. "Com a redução das taxas, o volume total de transacções (...) deverá aumentar até 2025", prevê Liam Bailey, diretor global de pesquisa da Knight Frank.
O estudo indica que as vendas "super-prime", o nível mais alto e exclusivo do mercado imobiliário de ultra-luxo, com casas que podem ultrapassar os 100 milhões de dólares (cerca de 89,86 milhões de euros), têm estado entre os 32 mil milhões e os 34 mil milhões de dólares (28,75 milhões e 30,55 milhões de euros, respetivamente) desde o quarto trimestre de 2022.
Francisco Quintela, CEO da Quintela e Penalva, parceiro da Knight Frank em Portugal, destaca que "os clientes estão cada vez mais exigentes, procurando projectos de elevada qualidade e diferenciadores. Os clientes procuram muitas vezes imóveis únicos, com caraterísticas muito específicas e que estão fora do mercado".