As casas à venda em Portugal continuam a ficar mais caras (embora a um ritmo mais lento), exacerbando ainda mais o problema de acessibilidade habitacional que atualmente assola o país.

O índice de preços idealista revela que os preços das casas em Portugal aumentaram 2,8% no segundo trimestre do ano em relação ao trimestre anterior, uma tendência que fixou o custo médio da habitação em 2.683 euros por metro quadrado (euros/m2) no final de junho.

Esse cenário é visível em quase todo o território português, já que as casas ficaram mais caras em 18 capitais distritais entre abril e junho, com Ponta Delgada liderando a subida (8%). As casas também ficaram mais caras em Lisboa (1,3%) e no Porto (0,9%). Em relação à variação anual, os preços das casas no país subiram 7%.

Analisando as 19 capitais de distrito com amostras representativas, parece que os preços das casas subiram em 18 cidades, com Ponta Delgada (8%) liderando as subidas. Seguem-se Viseu (5,6%), Bragança (4,7%), Santarém (4,5%), Leiria (4,5%), Setúbal (3,9%), Funchal (3,9%), Beja (3,9%), Guarda (3,8%), Évora (3,5%), Faro (1,8%), Aveiro (1,5%), Castelo Branco (1,4%), Lisboa (1,3%), Porto (0,9%), Vila Real (0,8%), Portalegre (0,6%) e Coimbra (0,6%)

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Por outro lado, os preços caíram 4,3% em Viana do Castelo, sendo a única capital de distrito onde as casas à venda ficaram mais baratas no segundo trimestre do ano.

Lisboa continua a ser a cidade onde é mais caro comprar uma casa: 5.642 euros por metro quadrado (euros/m2). Porto (3.578 euros/m2) e Funchal (3.388 euros/m2) ocupam o segundo e o terceiro lugar, respectivamente. Segue-se Faro (2.979 euros/m2), Aveiro (2.534 euros/m2), Setúbal (2.391 euros/m2), Évora (2.162 euros/m2), Ponta Delgada (1.932 euros/m2), Coimbra (1.878 euros/m2), Viana do Castelo (1.804 euros/m2), Viseu (1.534 euros/m2), Leiria (1.520 euros/m2), Vila Real (1.268 euros/m2) e Santarém (1.254 euros/m2)

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As cidades mais econômicas para comprar casa são Guarda (802 euros/m2), Portalegre (805 euros/m2), Castelo Branco (908 euros/m2), Beja (944 euros/m2), Bragança (975 euros/m2).

Analisando por distritos e ilhas, os maiores aumentos nos preços das casas para comprar ocorreram em Braga (9,1%), ilha de São Miguel (8,4%), ilha do Pico (6,1%), ilha da Madeira (4,8%), ilha Terceira (4,3%), Castelo Branco (4,2%), Santarém (3,1%), Setúbal (3,1%), Porto (2,9%), Viseu (2,5%), ilha de São Jorge (2,5%), Évora (2,3%), Lisboa (2,2%) e Portalegre (2,1%). Com aumentos de preços inferiores a 2% estão Leira (1,7%), Faro (1,6%), Beja (1,3%), Aveiro (1,3%) e Vila Real (1,1%)

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Entre os 26 distritos e ilhas analisados, a habitação à venda ficou mais barata em apenas quatro territórios, nomeadamente Viana do Castelo (-3,8%), Guarda (-3,6%), Ilha do Faial (-2,9%) e Ilha do Porto Santo (-1,2%). Em Bragança (0,4%), Ilha de Santa Maria (0,3%) e Coimbra (-0,1%), os preços das casas permaneceram estáveis durante este período.

O ranking dos distritos mais caros para comprar casa é liderado por Lisboa (4.096 euros/m2), seguido por Faro (3.373 euros/m2), ilha da Madeira (3.107 euros/m2), Porto (2.656 euros/m2), Setúbal (2.548 euros/m2), ilha do Porto Santo (2.247 euros/m2), ilha de São Miguel (1.767 euros/m2), AVeiro (1.709 euros/m2), Braga (1.659 euros/m2), Leiria (1.631 euros/m2), ilha do Pico (1.458 euros/m2), ilha de Santa Maria (1.418 euros/m2), Coimbra (1.409 euros/m2), Viana do Castelo (1.381 euros/m2), Évora (1.303 euros/m2), ilha do Faial (1.276 euros/m2), São Ilha Jorge (1.249 euros/m2), Ilha Terceira (1.224 euros/m2) e Santarém (1.171 euros/m2

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Os preços mais económicos para comprar uma casa estão na Guarda (683 euros/m2), Portalegre (733 euros/m2), Castelo Branco (867 euros/m2), Bragança (880 euros/m2), Vila Real (983 euros/m2), Beja (1.085 euros/m2) e Viseu (1.121 euros/m2).